SALOMÃO: DE ONDE VINHA TODO O SEU PODER

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Um dos objetivos da iniciação real está em conseguir despertar no iniciado um olhar profundo, que atravessa o raso, vulgar e profano e vai até o núcleo do objeto.

Quando me perguntam sobre a magia salomônica, dizem:
– “Acho a tradicional muito rígida!"
– “Tem mesmo que usar toda essa parafernália?"
– “A construção dos equipamentos é necessária?"

Quando ouço essas questões, logo compreendo que a pessoa está começando. Esses temas, ainda que básicos, são válidos, pertinentes e necessários. Costumo responder de bom grado e sem devaneios e desvios da importância do assunto.

Quando digo que o iniciado vai além das superficialidades, das formas, e principalmente da essência de tudo, a ideia é dar dois exemplos dentro dessas questões:

1) Qual o único e real poder dentro da magia de Salomão?
2) Onde estava a Força de Sansão?

Essas perguntas são básicas, mas de qualquer forma, sem compreende-las você corre o risco de pensar que um sistema mágico, uma baqueta, círculo ou seja lá o que for, é a chave de todo o sucesso.

As respostas a essas questões são as chaves de tudo e a não compreensão disso, faz com que sua prática pareça a de um selvagem tentando apagar uma lâmpada elétrica soprando sobre ela. Não é burrice, é apenas ignorância quanto ao funcionamento do sistema.

Em minhas palestras questiono: "Se a cor da vela fosse tão importante, cego não poderia praticar sozinho; Se traçar círculo fosse a única maneira de evocação, um aleijado estaria impedido; Se as palavras de evocação fossem de fato unicamente válidas, um mudo não poderia praticar.”

Enfim, reflexões são importantes, ir além do óbvio é necessário, e sem medo algum, afirmo frequentemente: “É sério mesmo que você fala com daemons?".

Se você tem um contato real com espíritos superiores, o mínimo esperado é que conhecimento e lampejos de sabedoria sejam "soprados" aos seus "ouvidos", senão fica a pergunta: Por que, na antiguidade, os magos recebiam o conhecimento direto da fonte por gnose ou conexão, e hoje, temos uma gama de semi-retardados falando que conversam com alta hierarquia espiritual no meio da sala e não manifestam o menor conhecimento que não seja, quando muito, de leitura livresca barata?