Perigos da auto-ilusão e o porquê dos trabalhos não funcionarem
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Perigos da auto-ilusão e o porquê dos trabalhos não funcionarem

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Aleister Crowley, em seus mais de 50 anos de estudos dedicados à magia, definiu a mesma como “a magia é a arte de causar mudanças em conformidade com a Vontade”, e mais resumidamente como “todo ato intencional é mágico”. Crowley ainda descreveu teoremas e postulados sobre como a magia deveria ser executada. Alguns pontos chamam mais atenção, tais como:
“Qualquer mudança pode ter efeito através da aplicação do tipo e grau de força apropriados, a maneira apropriada, através do meio apropriado ao objeto apropriado”.
Dentro disso os teoremas 4 e 5 nos chamam mais atenção quando remetidos em especial ao trabalho goético.

São eles:
“4. O primeiro requisito para se causar qualquer mudança é preenchido através do entendimento qualitativo e quantitativo das condições.
5. O segundo requisito para se causar qualquer mudança é a habilidade prática de direcionar corretamente as forças necessárias.”
Nos atentemos ao teorema 4, sobre as questões de qualitativo (qualidade) e quantitativo (quantidade), entendemos como “qualidade” o tipo de espírito apropriado, e “quantidade” de força que deverá ser empregada para alcançar o nosso objetivo.
O ponto essencial aqui é que haja primeiro um entendimento da situação que se queira mudar, ou seja, ideias vagas carecem tanto de forma definida ou mesmo de força direcionada.
Quando ao teorema 5, a habilidade do magista em operar o ritual é o ponto essencial, tendo em vista que mesmo a maior das tecnologias se torna inadequada nas mãos do incapaz.
No aspecto de auto-ilusão, muitos convencem a si mesmos de que colocando o menor esforço possível na sua preparação (purificação) e confecção das ferramentas rituais (tais como círculo, hexagrama, pentagrama, selo e triângulo), poderão obter um resultado satisfatório, isso nos remete à falta de entendimento tanto da qualidade do material e esforço, quanto à quantidade de vontade envolvida, isso produz fracasso.


A falta de estudo, a preguiça, a protelação (empurrar com a barriga) fazem com que o mago ocioso física e mentalmente não veja resultados em seus trabalhos, e por fim, o senso de “eu não sei” e de humildade para aprender parecem não coexistir com um ego de autossuficiência plena. E para finalizar muitos esquecem o primeiro e mais claro das advertências deixadas por Eliphas Levi nas suas Preparações em seu livro Dogma e Ritual de Alta Magia: “Toda intenção que não se manifesta por atos é uma intenção vã, e a palavra que a exprime é uma palavra ociosa. É a ação que prova a vida e é também a ação que prova e demonstra a vontade. Por isso, está escrito nos livros simbólicos e sagrados, que os homens serão julgados, não conforme seus pensamentos e suas ideias, mas segundo suas obras. Para ser é preciso fazer.”

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