O uso metafórico das características dos espíritos
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O uso metafórico das características dos espíritos

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O uso metafórico (simbolismo) das características dos espíritos
Dentro dos grimoires medievais, lemos inúmeras vezes coisas que nos fazem pensar o que o mago queria dizer com aquilo ou mesmo para o que exatamente serviria aquele atributo dado a determinados espíritos.
Exemplos: O espírito Haagenti (48), que de acordo com a chave menor de Salomão, transmuta todos os metais ordinários em ouro e o vinho em água e vice versa;
O espírito Amduscias (67), que pode inclinar e curvar arvores de acordo com o desejo do magista;
O espírito Valac (62), que pode revelar víboras e esconderijos de cobras que trará até o magista, se desejado.

A leitura fria literal, ao pé da letra poderia deixar o leitor/estudante/magista sem rumo quando se trata de entender qual seria o real sentido ou a utilidade por exemplo de dobrar uma árvore, de descobrir esconderijos de ofídios, se seria real a possibilidade da transformação da água em vinho e da transmutação dos metais, como citado.
A primeira coisa a ser observada é que no caso do daemon Amduscias, dobrar uma árvore pode estar relacionado a convencer pessoas de personalidade muito forte, ou ainda “cabeça dura como pau”. Nesse contexto, também poderemos fazer um paralelo com dobrar a vontade de um promotor, ou mesmo em uma negociação empresarial. O uso desse poder pode ser extremamente útil.


Temos ainda que os espíritos que supostamente prometem a mutação de uma coisa em outra nunca alteram a característica primária do objeto, como por exemplo água (líquido) em vinho (líquido), assim como chumbo (metal) em ouro (metal). O que podemos perceber aí é que mesmo os daemons parecem trabalhar dentro de possibilidades razoáveis no plano físico. Em resumo, pode-se mudar circunstâncias ou pessoas dentro de um número de possibilidades na sua própria Natureza.


Quanto à encontrar esconderijo de cobras, para o magista medieval que morasse em uma zona rural ou em regiões perigosas, isto seria extremamente útil, no entanto, dentro de um uso mais moderno ou contemporâneo, podemos interpretar como pessoas que tramam contra nós ou mesmo traidores. Trazê-los até nós pode significar revelá-los.
A partir desses 3 exemplos, abre-se um leque enorme de simbolismos e metáforas passíveis de serem decifrados por estudantes do oculto através de pesquisas e mesmo pelo próprio daemon.

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